Prof. Claudio Santos
Um dia nunca é igual ao outro
Por quê?
Porque um segundo jamais se iguala a outro segundo.
Provavelmente o observador-leitor poderá questionar: Como assim?
Respondo: Sendo segundo ímpar, inigual e proporcionador de diferentes
condições.
É óbvio, para mim, e sensato a quem me lê: não me refiro ao segundo em
si, mas sim de sua possibilidade aos que nele existem.
Segundos, minutos e horas, vistos no relógio
digital, são os mesmos, se sucedem, numa escala, geralmente vista como
progressiva. No relógio analógico, parecem ser mais lentos e audíveis, mas
cumprem a mesma função: marcar o tempo, de maneira formal e fria.
Porém, ao invés de contarmos esses segundos
progressivamente, considerássemos a regressão do tempo como fator primordial,
então estaríamos em uma contagem regressiva. Mas não é isso que de fato ocorre?
Contamos o tempo que nos resta, mas sem saber que isto fazemos, pensamos que
estamos andando no tempo para o futuro, mas o que estamos fazendo é marcando o
tempo que vivemos e o que ainda nos resta.
Se o segundo não se iguala, por que então
permanecermos os mesmos? Por que não aproveitar a experiência dos erros e
acertos e mudarmos para não errarmos tanto e acertarmos mais?
A certeza de nossa provável inexistência
deveria facilitar nossa atual existência. Ou seja, sabendo que deixaremos de
ser o que estamos sendo, deveria nos permitir ser melhor do que jamais
imaginamos ser.
O que somos? Cada segundo nos revela: políticos, religiosos, maus, bons, ruins, perversos, amigos, inimigos,
carinhosos, amorosos, ternos, afetuosos, destruidores, opressores...?
Mudássemos a cada segundo para melhor, em pouco tempo seríamos o melhor dos
melhores dos seres. Entretanto, parece que não entendemos que fazer o pior em
tão pouco tempo de existência somente acarreta o pior em nós e aos outros. Eis
a grande questão da inigualidade dos segundos: transformação, mudança e
possibilidade de se manter existindo em ações que a todos beneficiem.
Então, para não continuar indefinidamente,
consideremos não o que somos, mas o que temos sido, como temos agido e quem
pretendemos ser e viver em cada segundo. Sim, cada segundo é imprescindível de
ser considerado, pois, se não começarmos pelo pouco tempo, pelo pequeno espaço
e pelas mínimas ações, jamais conseguiremos entender a importância da
eternidade, do bem-fazer e da mudança que possibilita a melhora nas relações.
Sapere Aude: Atreva-se a Conhecer!
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