26/08/2017

O QUE ESTAMOS FAZENDO NA ESCOLA...

Claudio Marcio
Ensinando o educando a aprender, ou a submeter-se à nossa cidadanização?
            Orientando o cidadão de direito a exercer sua cidadania ou confrontando seus saberes sem jamais considerá-los respeitosamente?
            Nos submetendo às indisciplinas como incapazes de algum tipo de aprendizagem ou utilizando-as no processo de construção de saberes?
            Tendo receio de disciplinar, instruir e educar diante de um discente cada vez mais indiferente à educação?
            Aplicando conteúdo, selecionando relações e implementando avaliações?
            Indo por ir, obrigados pelos responsáveis que nos educam, pois não existem outras opções?
            Fomentando a violência, o racismo, o fracasso, as relações positivas ou apenas matando o tempo?
            Aprendendo a construir e descontruir crenças limitantes ou reforçando visões segregacionais e discriminatórias por intermédio do bullyng?
            Aprendendo ou desaprendendo?
            Entendendo que a escola é a extensão da casa, campo de batalhas: religiosas e/ou culturais?
            O espaço escolar é multicultural, multirracial, com seres humanos que têm orientação sexual diversa, crenças distintas, local para desenvolvimento da cidadania, onde conflitos ocorrem, não significando que a violência deva ser incentivada, entretanto, nesse espaço temos visto o reflexo de nossa sociedade, triste reflexo, triste sociedade. As relações, do Estado Democrático de Direito com a população torna-se evidente (ou não) nas salas, nos pátios, secretarias, diretoria e encontros e desencontros entre responsáveis e escola. O que fazer para melhorar as relações plurais educacionais? Não atrevo a dar uma resposta, porém sugiro um passo de cada vez, sendo assim, um possível primeiro passo: Respeitar... Diferenças Culturais, Socioeconômicas, Religiosas, Biotípicas, enfim, como já disse, não é a resposta, a solução, o caminho, mas um passo em direção à Paz, ao Progresso das relações, à construção de saberes.
            Ouvir o outro, ser capaz de, simplesmente olhar para compreender o porquê se é como se é, sem tentar mudar ninguém, mas...
            Li essa estória a alguns anos, mas seria uma forma de caminharmos mais um passo em direção de uma possível solução:
Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção.
De repente deparou-se com o mapa do mundo, o que procurava! Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
— Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas depois, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
— Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!
A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança.
Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
Então ele perguntou:
— Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
— Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era.

Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo. Autor desconhecido.

25/08/2017

Use a sua Imaginação!

Claudio Marcio
Imagine um mundo, onde as leis são iguais para todos. A distribuição da riqueza é igual para todos. Onde cada um tem sua própria terra.
Imagine agora que alguns saem desse mundo e acham um outro mundo, porém nesse novo mundo, eles conhecem outra gente, mas não permitem que essa gente, seja chamada de gente, tratando-a como bicho, pior que bicho.
Nesse novo mundo, há muita coisa boa, mas tudo o que é bom, é retirado daquela gente dita selvagem, que já vivia antes nesse novo mundo, e também não é permitida à uma outra gente de pele de cor preta, pois essa gente, para alguns, nem alma tem, como pensava alguns da gente de pele clara.
Sem terras, sem direito a igualdade das leis, sem condições de produzir riquezas para si, sendo por qualquer coisa castigado, estuprados em sua honra, fé, crenças, religião, cultura, corpo, gênero, alma e espírito, o que sobra para um povo que assim é tratado?
O tempo passou, mas o que mudou? Ainda existem leis que, apesar de serem para todos, apenas alguns são alcançados por elas, pois quando se tem dinheiro e amigos ou parentes na Magistratura/Poder essas leis são quase inócuas. Ainda hoje existe um povo sendo aviltado em sua dignidade, fé, crença, religião, gênero, cultura, posição social economia, política, alma e espírito.
Qual o nome dessa gente? Desse povo? Como sobrevive a tanta corrupção, injustiça, desigualdade e descaso público?
Use a sua imaginação!

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 O conhecimento em tecnologias de produção de celulose e papel não é transmitido em cursos de graduação em engenharia tradicionais e o propó...