22/02/2014

Saúde & Educação

Tenho pensado em escrever um artigo sobre esses temas, mas o que dizer sobre temas tão fortes? Bem, na realidade o que pretendo é fazer uma conexão sobre a Saúde e sobre a Educação, seria isso possível? Bem, a princípio sim, pois o profissional da saúde para exercer essa função teve que passar por uma escola e ter uma formação educacional, ou seja, passou pela escola, aprendeu com professores antes de exercer a dileta função, seja Técnico/Auxiliar de Enfermagem, Enfermeiro (a), Médico (a), Agente de Saúde, Administrador de Hospital, Secretário de Saúde, enfim, todos os profissionais que, direta ou indiretamente, exercem essa tão imprescindível função.
Mas voltado aos nossos temas o que tenho interesse é saber como é possível um profissional que tem que aprender tanto, para poder conhecer um pouco a estrutura anatômica humana, se portar de modo indiferente, não cordial e frio diante da família do paciente que está acamado, vulnerável e precisando de seus cuidados? Será que existe um curso especial, um tipo de currículo oculto que ensine a esse profissional a tratar grosseiramente seus pacientes e também à família do mesmo? Creio que não, quero acreditar que a Saúde e a Educação são parceiras, por tudo o que elas representam para a sociedade. Por que estou falando isso, perguntaria alguém, simples, você já teve que depender do atendimento de uma UPA? De um posto de saúde próximo ou distante de sua casa? Já teve que internar um parente seu? Teve que esperar por uma informação a respeito do estado desse parente? É lamentável, mas existem alguns hospitais (permitam-me não citar nomes, a fim de que eu não incorra em um processo ou seja injusta), que têm profissionais capazes de conversar, rir, brincar e outras coisas mais, enquanto nossos ente queridos estão morrendo. Dói comentar isso, na realidade escrevo isso com lágrimas nos olhos de emoção e ira, pois esse profissional fiz um juramento em sua formatura, ou pelo menos deveria ter feito.
Mas o que faz com que um profissional da saúde, não trate de maneira educada e profissional a um paciente/familiar que dele depende? Alguns dirão que é a falta de recursos, o baixo salário, etc. Temos uma resposta, mas não uma justificativa, pois quem está ali é um ser humano, alguém de pele, osso, sangue, alma, espírito, uma vida que merece ser tratado com dignidade. É descaso das autoridades? É falta de amor no coração? É falta de educação? Seja qual for resposta não podemos continuar ignorando essa vexatória e degradante situação em que nossa saúde, nossa gente, nossa família se encontra: nos corredores dos hospitais, UPAS, etc. aguardando um médico chegar no horário em seu plantão, ou um profissional trocar o medicamento, limpar-lhe, etc. A organização do hospital de maneira burocrática impede e limita a quantidade de pessoas que possam visitar um paciente no CTI de um hospital, mas é incapaz de punir e monitorar qual o tipo de atendimento está sendo dado a esse paciente. Desculpas não serão capazes de curar ou devolver a vida das pessoas que estão a mercê de profissionais mal-educados, precisamos começar na RAIZ, na Administração, no Monitoramento, na Secretaria e Ministério da Saúde, pois nossa gente não merece morrer por falta de um simples procedimento que é feito de qualquer forma e por causa de uma má educação profissional: lembremos do caso que ocorreu em São João de Meriti, onde a Estagiária colocou café com leite na veia da idosa.
Creio que a Saúde e Educação são parceiras, mas que se faz necessário um monitoramento contínuo e de maior rigorosidade em relação aos profissionais que podem ser habilitados para trabalharem nessa função. O salário não é grande, as condições não são perfeitas, mas as pessoas são gente como a gente e merecem o melhor tratamento, seus familiares estão nervosos por falta de informação e de verem que nada é feito e nada podem fazer, pois a burocracia institucional muitas vezes impede isso. A Educação precisa da Saúde e a Saúde precisa da Educação essa relação quando é harmônica torna qualquer atendimento correto e SAUDÁVEL. Sejamos educados: Parentes de Pacientes, Profissionais da Saúde e Administração dos Hospitais, ninguém precisa ser maltratado no lugar que é destinado a tratar bem as pessoas.

Psicanalista Claudio Santos

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