Tenho pensado em
escrever um artigo sobre esses temas, mas o que dizer sobre temas tão fortes?
Bem, na realidade o que pretendo é fazer uma conexão sobre a Saúde e sobre a
Educação, seria isso possível? Bem, a princípio sim, pois o profissional da
saúde para exercer essa função teve que passar por uma escola e ter uma
formação educacional, ou seja, passou pela escola, aprendeu com professores
antes de exercer a dileta função, seja Técnico/Auxiliar de Enfermagem,
Enfermeiro (a), Médico (a), Agente de Saúde, Administrador de Hospital,
Secretário de Saúde, enfim, todos os profissionais que, direta ou indiretamente,
exercem essa tão imprescindível função.
Mas voltado aos nossos
temas o que tenho interesse é saber como é possível um profissional que tem que
aprender tanto, para poder conhecer um pouco a estrutura anatômica humana, se
portar de modo indiferente, não cordial e frio diante da família do paciente
que está acamado, vulnerável e precisando de seus cuidados? Será que existe um
curso especial, um tipo de currículo oculto que ensine a esse profissional a
tratar grosseiramente seus pacientes e também à família do mesmo? Creio que não,
quero acreditar que a Saúde e a Educação são parceiras, por tudo o que elas
representam para a sociedade. Por que estou falando isso, perguntaria alguém,
simples, você já teve que depender do atendimento de uma UPA? De um posto de
saúde próximo ou distante de sua casa? Já teve que internar um parente seu? Teve
que esperar por uma informação a respeito do estado desse parente? É lamentável,
mas existem alguns hospitais (permitam-me não citar nomes, a fim de que eu não
incorra em um processo ou seja injusta), que têm profissionais capazes de
conversar, rir, brincar e outras coisas mais, enquanto nossos ente queridos
estão morrendo. Dói comentar isso, na realidade escrevo isso com lágrimas nos
olhos de emoção e ira, pois esse profissional fiz um juramento em sua
formatura, ou pelo menos deveria ter feito.
Mas o que faz com que
um profissional da saúde, não trate de maneira educada e profissional a um
paciente/familiar que dele depende? Alguns dirão que é a falta de recursos, o
baixo salário, etc. Temos uma resposta, mas não uma justificativa, pois quem
está ali é um ser humano, alguém de pele, osso, sangue, alma, espírito, uma
vida que merece ser tratado com dignidade. É descaso das autoridades? É falta
de amor no coração? É falta de educação? Seja qual for resposta não podemos
continuar ignorando essa vexatória e degradante situação em que nossa saúde,
nossa gente, nossa família se encontra: nos corredores dos hospitais, UPAS,
etc. aguardando um médico chegar no horário em seu plantão, ou um profissional
trocar o medicamento, limpar-lhe, etc. A organização do hospital de maneira
burocrática impede e limita a quantidade de pessoas que possam visitar um
paciente no CTI de um hospital, mas é incapaz de punir e monitorar qual o tipo
de atendimento está sendo dado a esse paciente. Desculpas não serão capazes de
curar ou devolver a vida das pessoas que estão a mercê de profissionais
mal-educados, precisamos começar na RAIZ, na Administração, no Monitoramento,
na Secretaria e Ministério da Saúde, pois nossa gente não merece morrer por
falta de um simples procedimento que é feito de qualquer forma e por causa de
uma má educação profissional: lembremos do caso que ocorreu em São João de
Meriti, onde a Estagiária colocou café com leite na veia da idosa.
Creio que a Saúde e
Educação são parceiras, mas que se faz necessário um monitoramento contínuo e
de maior rigorosidade em relação aos profissionais que podem ser habilitados
para trabalharem nessa função. O salário não é grande, as condições não são
perfeitas, mas as pessoas são gente como a gente e merecem o melhor tratamento,
seus familiares estão nervosos por falta de informação e de verem que nada é
feito e nada podem fazer, pois a burocracia institucional muitas vezes impede
isso. A Educação precisa da Saúde e a Saúde precisa da Educação essa relação quando
é harmônica torna qualquer atendimento correto e SAUDÁVEL. Sejamos educados:
Parentes de Pacientes, Profissionais da Saúde e Administração dos Hospitais,
ninguém precisa ser maltratado no lugar que é destinado a tratar bem as
pessoas.
Psicanalista Claudio
Santos
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