“Violência gera
violência.” Cresci ouvindo essa frase. Será verdade? Se for, gostaria de saber:
excesso de punição (violenta) gera respeito ou mais violência (quebra das
regras)? Estamos vivenciando um excesso de normatizações para punir o cidadão
que transgride a legislação vigente. Um investimento em segurança para combater
o crime (organizado). Até que ponto a sociedade concorda com essas medidas? Ou seja,
quem, de fato, se beneficia com isto? Temos uma interdição no RJ cujo objetivo
é confrontar o excesso de criminalidade. Passado um mês, os gastos/investimentos
em planejamento são astronômicos. E o cidadão comum continua a não usufruir de
nenhum benefício com essa interdição. No trânsito, as multas, ou melhor as
metodologias para aplicar as multas têm sido cada vez mais melhoradas, porém,
quem se beneficia disto? Vejamos na prática. Quando uma pessoa rica ou famosa
atropela um cidadão comum, existe o rigor da legislação? Temos exemplos disto. A
lei não se manifestou com a mesma rigidez.
O que propomos
é um investimento em curto, médio e longo prazo, em três áreas que irão
beneficiar uma quarta área ou setor:
Na Saúde (corretiva
e preventiva), se investirmos mais na saúde preventiva (utilizando a medicina
convencional e natural) teremos melhores e maiores resultados com nossa
população, diminuindo o número de doentes nos postos de saúde.
Na Educação,
que seja construtiva e não competitivista ou meritocrática, não é esse o papel
dela, mas sim possibilitar ao educando a leitura de mundo, pois precisa
compreender-se no mundo e interagir positivamente com o mesmo, sendo assim a educação
precisa alcançar não apenas o cognitivo (Q.I.) do ser, mas também seu emocional
(Q.E.). Somos dotados de múltiplas inteligências (vide Howard Gardner), então
que a educação não foque apenas uma em específico, deve trabalhar todas objetivando
a completude do sujeito.
Na Geração de
Empregos, quando ouço que faltam empregos, me questiono: então por que existem
demandas que ainda não são satisfeitas? Como exemplo a falta de Estações de
tratamento de Esgoto (que gerariam mais empregos), a coleta seletiva do lixo, seu devido descarte e possível aproveitamento (que também contribuiria com mais
empregos). Por mais que estejamos numa sociedade capitalista, quando não há
sustento para todos o índice da violência (pela sobrevivência), numa realidade consumista
(vide Zygmunt Bauman) em que estamos mergulhados só aumenta.
Ao investirmos
nas três áreas ou setores supracitados, teremos um resultado surpreendente na
segurança e paz de nossa sociedade. Os índices irão melhorar. Não significa que
outras áreas não precisem de investimento, mas o que nos assusta é ver uma nação
inteira clamando por melhores condições de vida e o Estado Democrático de Direito
focando apenas em combater o sintoma e não sua causa. Ou seja, o problema da
violência não é o crime organizado apenas, mas na organização social em que
estamos embasados. Não defendemos aqui o socialismo, tão pouco atacamos o capitalismo,
mas sim buscando um meio-termo de organização social que procure investir no
ser e não apenas no ter.
A sociedade é
plural, mas o benefício precisa ser singular: Direitos Iguais demandam Oportunidades
e Condições iguais para todos.
Claudio
Santos
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